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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Qual a diferença entre Omolu orixa e Omúlu Exu

Primeiro quando falamos em Omolu a primeira coisa que temos que prestar atenção é exatamente um dos detalhes mais pequenos, a grafia. Omolu quando escrito assim se refere ao orixa também conhecido como Obaluaiê (no Candomblé) ou Xapana (na Nação) o que é um erro comparar com Omúlu, que quando escrito assim se refere à entidade que se apresenta como Exu na linha de Quimbanda.
Bom mas agora que já vimos a diferença gramatical entre as duas distintas entidades vamos conhecer suas histórias:

 Omolu(Obaluaiê, Xapana)

Por causa do feitiço usado por Nanã para engravidar, Omolu nasceu todo deformado. Desgostosa com o aspecto do filho, Nanã abandonou-o na beira da praia, para que o mar o levasse. Um grande caranguejo encontrou o bebê e atacou-o com as pinças, tirando pedaços da sua carne. Quando Omolu estava todo ferido e quase morrendo, Iemanjá saiu do mar e o encontrou. Penalizada, acomodou-o numa gruta e passou a cuidar dele, fazendo curativos com folhas de bananeira e alimentando-o com pipoca sem sal nem gordura até o bebê se recuperar. Então Iemanjá criou-o como se fosse seu filho.
Omolu tinha o rosto muito deformado e a pele cheia de cicatrizes. Por isso, vivia sempre isolado, se escondendo de todos. Certo dia houve uma festa de que todos os Orixás participavam, mas Ogum percebeu que o irmão não tinha vindo dançar. Quando lhe disseram que ele tinha vergonha de seu aspecto, Ogum foi ao mato, colheu palha e fez uma capa com que Omolu se cobriu da cabeça aos pés, tendo então coragem de se aproximar dos outros. Mas ainda não dançava, pois todos tinham nojo de tocá-lo. Apenas Iansã teve coragem; quando dançaram, a ventania levantou a palha e todos viram um rapaz bonito e sadio; e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã, que Omolu recompensou dividindo com ela o poder de controlar eguns (espíritos dos mortos).
Quando Omolu ficou rapaz, resolveu correr mundo para ganhar a vida. Partiu vestido com simplicidade e começou a procurar trabalho, mas nada conseguiu. Logo começou a passar fome, mas nem uma esmola lhe deram. Saindo da cidade, embrenhou-se na mata, onde se alimentava de ervas e caça, tendo por companhia um cão e as serpentes da terra. Ficou muito doente. Por fim, quando achava que ia morrer, Olorum curou as feridas que cobriam seu corpo. Agradecido, ele se dedicou à tarefa de viajar pelas aldeias para curar os enfermos e vencer as epidemias que castigaram todos que lhe negaram auxílio e abrigo.
Euá era uma exímia e bela caçadora. Sua beleza não só ofuscava os admiradores, como também cegava, devido ao veneno que ela lançava em quem ousasse lhe encarar ou lhe dar uma simples piscadela de olhos. Um dia ela encontrou Omolu e por ele se apaixonou perdidamente. Casaram-se, porém Omolu era extremamente ciumento e um dia, julgou estar sendo traído e prendeu Euá em um formigueiro, deixando-a entregue à própria sorte. As formigas fizeram um banquete com a carne da rainha da caça e da beleza, e quando Euá ameaçou dar o último suspiro, Omolu apareceu e a levou para casa. Euá ficou deformada pelas picadas das formigas e seu rosto ficou feio e disforme, tomado pelas cicatrizes. Omolu a cobriu de palha-da-costa, de coloração vermelha, para que ninguém visse sua feiura nem o repreendesse pelo castigo dado à esposa por uma simples suspeita.

Exu Omúlu(Senhor Omúlu)

No culto nagô é chamado de Omúlu.
Senhor Supremo dos cemitérios incumbido de zelar pelos mortos ali enterrados.
Apresentando-se nos terreiros coberto por um lençol ou toalha branca, tendo que ser levantado por médium de muita firmeza.
Comandando uma das mais poderosas Linhas da Quimbanda, a Linha das Almas.
Senhor de um grande poder comparado apenas ao Maioral, “Seo Lúcifer”,
Quando solicitado trabalha para minimizar o sofrimento dos filhos, recebendo obrigações presentes e solicitações no cruzeiro do cemitério, possuindo dois grandes colaboradores, Exu Caveira e Exu da Meia-Noite.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

É só pedir com Fé...


É... POIS É EXÚ DÁ CAMINHO É SÓ PEDIR COM FÉ. (2X)

A NOITE É LINDA NO CÉU BRILHA A LUA FAÇO UMA ORAÇÃO AO SEU TRANCA RUAS.

 HOMEM VALENTE, MEU PROTETOR REI DA ENCRUZILHADA É SEU MARABÔ.

 O GALO CANTA DENTRO DA CALUNGA SAUDANDO A MAGIA DE SETE CATACUMBAS.

 SUAS PALAVRAS SÃO VERDADEIRAS QUEM AVISA AMIGO É! DISSE SEU CAVEIRA.

POIS É...

É, POIS É EXÚ DÁ CAMINHO É SÓ PEDIR COM FÉ. (2X)

AO LADO DELE SEI QUE ESTOU SEGURO NÃO TENHO NADA A TEMER, ELE É EXÚ VELUDO.

SE ESTOU EM PERIGO ELE VEM AGIR SALVE O EXÚ MENINO, SALVE SEU TIRIRÍ.
MEUS INIMIGOS NÃO TIRAM MEU SUSSEGO TENHO O OMBRO AMIGO DO EXÚ MORCEGO.
E AS MANDINGAS QUE JOGARAM EM MIM QUEM CORTOU BRINCANDO FOI EXÚ MIRIM.
PODE ACREDITAR EXÚ VAI LHE AJUDAR.
É SÓ PEDIR COM FÉ QUE A SUA VIDA VAI MUDAR.
(Leo Batuke, ponto vencedor do Festival de Cantigas de Umbanda 2007)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A História de Seu Zé Pelintra



Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco, filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida. Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso. Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares. Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época. Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas "meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos. Não foram poucas as vezes que